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A profissão ainda é muito necessária e gera orgulho

A jornalista titular desde site Bia Andrade – Arquivo Pessoal.

“Vivi muitos fatos marcantes da história do Brasil e do mundo e percebi que o mais importante é receber o reconhecimento das pessoas que foram a notícia e ver o impacto que ela causou na sociedade. O poder de transformar o fato em algo que, de alguma forma, traga mudanças necessárias e positivas na vida das pessoas.”
Bia Andrade

Apesar de tudo e de todas as mudanças da profissão, eu ainda acredito no jornalismo sério e consciente que mostra o poder da sociedade e se preocupa com os menos favorecidos. Mostrar a realidade de maneira séria e responsável é primordial.

Neste 07 de abril, Dia do Jornalista, celebramos não apenas uma profissão, mas um compromisso com a verdade, a ética e o direito da sociedade à informação. O jornalismo, em sua essência, é um pilar da democracia, uma voz ativa que denuncia injustiças, valoriza histórias humanas e dá visibilidade ao que muitos preferem esconder.

Nas últimas duas décadas, o jornalismo passou por transformações profundas. A internet mudou a lógica da produção e do consumo de notícias. O que antes era mediado por prazos, edições e impressoras, hoje acontece em tempo real. O repórter que levava horas – ou dias – para apurar e publicar uma matéria, agora compete com a velocidade das redes sociais, onde qualquer pessoa com um celular pode “dar a notícia”. Isso exigiu dos profissionais não apenas mais agilidade, mas também mais responsabilidade: checar, confirmar, contextualizar, explicar.

E, mais recentemente, a inteligência artificial entrou em cena como uma das grandes protagonistas dessa nova era. Ferramentas de IA já são utilizadas em redações do mundo todo para automatizar tarefas, gerar textos informativos simples, realizar transcrições, organizar dados e até sugerir pautas. Há vantagens evidentes: otimização do tempo, aumento da produtividade e possibilidade de cobrir uma maior diversidade de temas com mais eficiência.

No entanto, junto com os benefícios, surgem também os dilemas. A IA pode simular uma notícia, mas ainda carece da sensibilidade, da interpretação de nuances sociais e culturais, e do olhar humano sobre a dor, a esperança ou a luta de alguém. Há também a questão ética: quem é o autor real de um conteúdo gerado por IA? Como garantir que os dados usados por essas ferramentas são confiáveis? E ainda, o temor de que a tecnologia substitua profissionais capacitados em nome da redução de custos.

Diante disso tudo, o papel do jornalista continua essencial. Somos nós, seres humanos, com senso crítico, empatia e responsabilidade social, que podemos transformar dados em conhecimento, palavras em impacto, e histórias em reflexão.

Neste Dia do Jornalista, é preciso reafirmar o compromisso com a verdade e com a população – especialmente com aqueles que têm menos voz. O jornalismo sério, ético e consciente ainda é um dos mais importantes instrumentos de mudança social. E, mesmo em meio a tantas transformações tecnológicas, ele continua sendo uma profissão movida por valores humanos.

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