Dos 19 diretórios estaduais do partido Novo em atividade pelo país, pelo menos 12 manifestaram-se por escrito contra a volta de João Amoêdo ao comando da sigla. Entre eles o de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal, Bahia, Pernambuco, Ceará, Piauí e Maranhão.
Segundo o blog do Fucs no Estado de S. Paulo (Estadão), o diretório do Rio Grande do Sul também se manifestou sobre a questão, sugerindo ser contra o seu retorno, mas há dúvidas em relação à efetiva posição do órgão.
João Amoêdo, é fundador do Novo e ex-candidato à Presidência em 2018. A decisão pelo seu veto veio em votação realizada na noite desta segunda-feira, 27, da qual participaram os seis integrantes do Diretório Nacional. João Amoêdo obteve apenas três votos favoráveis ao seu retorno, segundo apurou o blog do Fucs no Estado de S. Paulo.
Carta com proposta de retorno
Segundo o blog, o retorno de Amoêdo à presidência do Novo foi proposta por ele mesmo, em carta enviada aos seis integrantes do Diretório Nacional, com cópia para os diretórios estaduais, no sábado, 25.
“Infelizmente, a polarização, as narrativas que não condizem com a verdade e a perda de identidade, que contaminam e enfraquecem inúmeras instituições, estão hoje também presentes no Novo”, disse Amoêdo em sua carta.
“[…]Me coloco à disposição para retornar, de imediato, ao Diretório Nacional para cumprir o mandato para o qual fomos eleitos de forma unânime pela Convenção Nacional e assim trabalhar, junto com vocês e com todos os integrantes do Novo, na consolidação partidária e no pleito de 2022″, completa.
Amoêdo é apoiado por uma parte dos dirigentes e filiados, mas não é hoje uma unanimidade desde que renunciou à presidência do Novo em março de 2020.